29.11.10

diálogos com Marina Abramovic

Hoje recebi de uma amiga (a Pri) o link de uma entrevista com a Marina Abramovic. (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/831250-leia-a-entrevista-de-marina-abramovic-na-integra.shtml). Encontro hoje muitos diálogos entre o trecho que segue e nosso trabalho de estar na praça Dom Orione: " Se você faz uma ação de uma hora, você ainda está atuando, mas depois de seis horas, tudo desmorona, torna-se verdade essencial. E para mim, esse tipo de verdade é muito importante. Posso dar um exemplo muito simples: pegue uma porta e abra ela constantemente, sem entrar ou sair. Se você faz isso por três, cinco minutos, isso não é nada. Mas se você faz isso por três horas, essa porta não é mais uma porta, ela é um espaço, o Cosmos, se transforma em outra coisa, é transcendente. Em todas as culturas arcaicas, rituais e cerimônias eram repetidas sempre da mesma forma e existe um tipo de energia que fica alocada nessa repetição que afeta também o público. Isso só se consegue em performances de longa duração." Algumas vezes umas das crianças me pergunta: mas de novo esse caminho? de novo a praça? ainda faremos ninhos? **** Pois... no processo de "repetir", um segredo. O que se dá a partir da insistência. Passamos a perceber outras coisas, aberturas, ares, palavras, imatérias. Alterações no corpo/espaço.

11.11.10

coletivo ninhos

eis que um dia, e, repetidamente noutros dias surgiram ninhos. pequeninos do tamanho de um de um polegar de criança, médios, do tamanho de minha mão...Enormes! com palavras, com passarinhos, com escadelas (para que eles possam subir, descer, transitar). famílias todas de pássaros. palavras dentro de ninhos. ninhos e ninhos. Dalila sentada no chão a produzi-los, junto com outras crianças. Se no início demos o nome "criançada do bixiga", hoje chamaria: Habitar a praça. me parece que começou assim: uma, e outra, e eu e ela, e vento e folha e nós, habitando a praça....e nós, sendo habitados pela praça. vento no ninho, ninho na folha, coreto preto. frio, calor, chuva, pé, xixi, amoreira, sede, boca, cheiro, carne, suor. e habitar a praça. de tantas coisas desses últimos meses os ninhos surgiram com insistência para algumas crianças e, desde então, temos produzidos diversos ninhos de papel que farão parte da nossa instalação em dezembro desse ano. essa semana convidamos outras pessoas, numa ação coletiva que aconteceu na praça Dom Orione, quarta feira pela manhã. Tivemos também a participação do Well. As fotografias desta postagem foram feitas por ele, assim como algumas imagens em vídeo que ainda não estão no blog.

8.11.10

habitar a praça

eis que um dia, e, repetidamente outros dias surgiram ninhos. pequeninos do tamanho de um de um polegar de criança, médios, do tamanho de minha mão...Enormes! com palavras, com passarinhos, com escadelas (para que eles possam subir, descer, transitar). famílias todas de pássaros. palavras dentro de ninhos. ninhos e ninhos. Dalila sentada no chão a produzi-los, junto com outras crianças. Se no início demos o nome "criançada do bixiga", hoje chamaria: Habitar a praça. me parece que começou assim: uma, e outra, e eu e ela, e vento e folha e nós, habitando a praça....e nós, sendo habitados pela praça. vento no ninho, ninho na folha, coreto preto. frio, calor, chuva. pé, xixi, amoreira, sede, boca, cheiro, carne, suor. e habitar a praça......

7.11.10

Vou inventando coisas, vou desenvolvendo intensidades, vou vivendo com o que há aqui de mais concreto e ao mesmo tempo em outros lugares, esquecidos, precisados, que querem existir....