31.3.11
rolar, rolar, rolar
Se ano passado já existia o momento "trabalho de corpo" em sala de aula (geralmente antes de ir a rua) neste ano isso se intensifica. Conseguimos uma sala com chão de madeira e com um tamanho que possibilita trabalhar com 8 crianças em movimento. DE HOJE:
rolar
I- rolar pelo chão, corpo todo, frente, verso, cima, baixo. perder-se da fronte, dos lados, dos códigos. virar outra coisa. outros corpos.
II- entregar o peso: um aprendizado.
III- risadas e uma atmosfera de alegria.
novas configurações na praça
as escadarias da 13 de maio vieram parar no centro da praça! tomaram o lugar do coreto!
expandiu-se praça, teve seus contornos alargados. entraram outras coisas. desfez-se o que é centro, meio. novas configurações no espaço.
28.3.11
28.03
É preciso reinventar a praça com a escrita. Não com as palavras. As palavras não são a escrita.
Não me importa agora responder o que é a escrita, mas sim o que a escrita escreve.
eu gosto de escrever cartas, escreve-se livros, teses, tratados... Escreve-se praças? Eu quero escrever a praça Don Orionte, que na verdade é Don Orione, mas quase virou Don Oriente.
Escrevo pombo, escrevo costas, escrevo Edson, escrevo parque, escrevo Michelle, meu nome, seu nome e Margaridas e Agostos, dois mil e onze.
A escrita às vezes sobra e balança. Sobra escrita no mundo.
A praça tem uma cozinha ao aberto, tem um quarto coberto para 4 pessoas. A entrada é pela 13 de Maio, pelo portão de alumínio sempre aberto.
Ao fundo tem um playground, banheiro nas laterais, mas chuveiro mesmo não tem. Tem até campainha e desconhecidos.
A Amaranta é o frente, trás, lado e lado meu na praça.
(texto: Priscilla)
17.03
....
presentei-me à praça. Sentei, pouca luz com ar fresco. Não me era possível entrar na praça, fiquei nas bordas, os limites, ficar com as costas para o quase escuro e fresco da praça e a frente para a 13 de maio.
mas a praça também preferiu-me, segui os rastros vermelhos, depois o portão laranja, o boné laranja, a camiseta laranja da dona dos cães.
Os cães viraram donos da praça, o cão do coreto laranja.
A cada pausa mudar a posição da escrita na folha, a cada pausa mudar a posição do corpo no espaço. Fotos do lugar com o olho.
Interesses: quais relações podemos criar no e com o espaço, que relação é essa q se cria. Uma relação nao afetiva/psicológica. Estar em relação com o espaço é diferente de estar em relação com uma pessoa.
(texto: Priscilla Carbone)
17.03, texto praça e a pergunta: é possível co-habitar?
hoje voltamos a praça. ou. hoje estivemos na praça pela primeira vez. agora vivem no coreto 2 homens e 3 cães pretos, um grande, um médio e um pequeno que não tem coleira. o centro da praça ocupou-se deles. a periferia de nós. lá pelas tantas, recebem visitantes adolescentes. de bicicleta. deslocam-se do coreto para a casinha-escorregador de madeira. hoje a pri esteve comigo no espaço da praça. nos entornos, nas entradas, na periferia. já desde alguns meses sinto também a necessidade de experimentar o estar na rua também sem as crianças.
de hoje: práticas para enxergar o invisível ou como afinar-se a perceber o que chamamos "micro"? (micromovimentos, microrevoluções ...)
17.3.11
re-início
hoje retomou-se o projeto "criançada do bixiga" após alguns meses numa pausa que também foi trabalho. entre outras movimentações do período de pausa a elaboração de um material gráfico sobre a pesquisa-criação do ano de 2010.
a partir de hoje temos mais uma integrante no coletivo, a pri. e assim, do início, estivemos hoje a "ruar" na praça dom orione, bela vista, são paulo.
16.3.11
outro blog: http://amarantagk.blogspot.com/
no dia 15 de fevereiro eu, priscilla e angel iniciamos encontros de estudo em torno do "corpo".
Para mim, a pesquisa do "criançada do bixiga" está totalmente junto de todas as outras pesquisas e criações da minha vida. as conexões se fazem o tempo todo. ainda assim optei em abrir um outro blog: http://amarantagk.blogspot.com/ para partilhar escritos e reflexões não diretamente sobre o percurso deste trabalho com as crianças no bela vista.
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