21.6.10
Nessa RUA...
Desde o início do nosso trabalho a relação com a RUA se faz presente. Dos caminhos propostos hora por um, hora por outro, nasce um percurso que têm se repetido: saímos pela rua Maria José, passamos por várias pequenas casas, pela casa da Polyanna e vamos até o fim desta rua. Ali encontramos uma bifurcação na qual recorrentemente tem um caminhão da sedex estacionado e, logo acima de nossas cabeças, vário sapatos dependurados nos fios de eletricidade. Viramos a esquerda, uma leve subida. Nessa rua vamos quase sempre pela calçada esquerda, passando pela loja de açaí, pela gari Regina ( com quem conversamos), por um ponto de táxi diferente dos outros. Chegamos na Avenida Brigadeiro. Nesse ponto do caminho algo se modifica. Uma intensidade de sons, carros, movimentos. O tempo de modifica. Fica mais rápido. E nessa nova relação, percebo um apressar de passos, o surgimento do destino ( do ir até algum lugar). O que até esse ponto do percurso parecia um passeio, torna-se mais forte no desejo de chegar na Vila Itororó. Estamos descobrindo juntos esse lugar na cidade. Na rua da Vila estão a casa de Dalila e o posto de gasolina em que trabalha o pai de Cleison. Na frente da vila existe um teatro. E dentro da Vila um mundo Itororó, que ainda estamos, a cada semana, a descobrir...
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