30.6.11

festival urbano pedras d'agua (lisboa)

http://www.c-e-m.org/?page_id=1127&preview=true

21.6.11

práticas com a cidade

nos últimos 2 meses recolhemos. do espaço da cidade, da praça, da rua. estivemos a atentar ao corpo num outro espaço: a sala (ou studio). aulas de movimento, de dança. abriram-se diálogos. não é óbvio dialogar a partir do corpo em movimento (sem usar o verbo). não é óbvio recusar a imitação e aquilo que já se sabe. ir limpando as padronizações e dar espaço ao que vêm. particularmente precisava de um tempo da rua, percebia o trabalho na praça numa zona de conforto que em nada tem a ver com o trabalho de práticas urbanas que queremos. nunca é estar lá de qualquer jeito, no descanso, a passeio. é na experimentação de outros estados corporais - especialmente estados coletivos que se configuram ali- que algo acontece. agora em julho é férias das crianças e eu estou indo pra lisboa praticar urbanidades via c.e.m no festival urbano pedras d'água (http://www.c-e-m.org/). e assim o trabalho de pesquisa vai se alterando (...) seguimos acompanhando as perguntas, guiando nosso fazer pelo que instiga, perturba; move.

10.5.11

vida-vibra

meu braço esquerdo vibra e dentro de minhas coxas um músculo chama. vou aos ísquios. meu corpo todo vibra, pulsa, grita, treme, adora. a vida passando alardeia. e sorri larga.

mover junto

9.5.11

quando o corpo é uma cidade

.... percebo um momento de transição no trabalho. estamos mais tempo em studio, em sala, no chão de madeira que nas ruas de são paulo. aula passada uma das crianças gritou: mas isso é dança! isto é dança? estamos experimentando o chão, outras possibilidades de movência, outras vontades, as articulações, o corpo. que corpo? palavra desgastada. dança. que dança? palavra cansada. cidade movediça. corpo movedor. perdeu-se um foco e manter esse estado de "não ter uma direção estabelecida" é também trabalho. aquele momento que algo muda de forma, de direção, de jeito. recolhência. e descobertas nesse estar.

31.3.11

rolar, rolar, rolar

Se ano passado já existia o momento "trabalho de corpo" em sala de aula (geralmente antes de ir a rua) neste ano isso se intensifica. Conseguimos uma sala com chão de madeira e com um tamanho que possibilita trabalhar com 8 crianças em movimento. DE HOJE: rolar I- rolar pelo chão, corpo todo, frente, verso, cima, baixo. perder-se da fronte, dos lados, dos códigos. virar outra coisa. outros corpos. II- entregar o peso: um aprendizado. III- risadas e uma atmosfera de alegria.

novas configurações na praça

as escadarias da 13 de maio vieram parar no centro da praça! tomaram o lugar do coreto! expandiu-se praça, teve seus contornos alargados. entraram outras coisas. desfez-se o que é centro, meio. novas configurações no espaço.

28.3.11

hoje estava lá um deserto

28.03

É preciso reinventar a praça com a escrita. Não com as palavras. As palavras não são a escrita. Não me importa agora responder o que é a escrita, mas sim o que a escrita escreve. eu gosto de escrever cartas, escreve-se livros, teses, tratados... Escreve-se praças? Eu quero escrever a praça Don Orionte, que na verdade é Don Orione, mas quase virou Don Oriente. Escrevo pombo, escrevo costas, escrevo Edson, escrevo parque, escrevo Michelle, meu nome, seu nome e Margaridas e Agostos, dois mil e onze. A escrita às vezes sobra e balança. Sobra escrita no mundo. A praça tem uma cozinha ao aberto, tem um quarto coberto para 4 pessoas. A entrada é pela 13 de Maio, pelo portão de alumínio sempre aberto. Ao fundo tem um playground, banheiro nas laterais, mas chuveiro mesmo não tem. Tem até campainha e desconhecidos. A Amaranta é o frente, trás, lado e lado meu na praça. (texto: Priscilla)

17.03

.... presentei-me à praça. Sentei, pouca luz com ar fresco. Não me era possível entrar na praça, fiquei nas bordas, os limites, ficar com as costas para o quase escuro e fresco da praça e a frente para a 13 de maio. mas a praça também preferiu-me, segui os rastros vermelhos, depois o portão laranja, o boné laranja, a camiseta laranja da dona dos cães. Os cães viraram donos da praça, o cão do coreto laranja. A cada pausa mudar a posição da escrita na folha, a cada pausa mudar a posição do corpo no espaço. Fotos do lugar com o olho. Interesses: quais relações podemos criar no e com o espaço, que relação é essa q se cria. Uma relação nao afetiva/psicológica. Estar em relação com o espaço é diferente de estar em relação com uma pessoa. (texto: Priscilla Carbone)

17.03, texto praça e a pergunta: é possível co-habitar?

hoje voltamos a praça. ou. hoje estivemos na praça pela primeira vez. agora vivem no coreto 2 homens e 3 cães pretos, um grande, um médio e um pequeno que não tem coleira. o centro da praça ocupou-se deles. a periferia de nós. lá pelas tantas, recebem visitantes adolescentes. de bicicleta. deslocam-se do coreto para a casinha-escorregador de madeira. hoje a pri esteve comigo no espaço da praça. nos entornos, nas entradas, na periferia. já desde alguns meses sinto também a necessidade de experimentar o estar na rua também sem as crianças. de hoje: práticas para enxergar o invisível ou como afinar-se a perceber o que chamamos "micro"? (micromovimentos, microrevoluções ...)

17.3.11

re-início

hoje retomou-se o projeto "criançada do bixiga" após alguns meses numa pausa que também foi trabalho. entre outras movimentações do período de pausa a elaboração de um material gráfico sobre a pesquisa-criação do ano de 2010. a partir de hoje temos mais uma integrante no coletivo, a pri. e assim, do início, estivemos hoje a "ruar" na praça dom orione, bela vista, são paulo.

16.3.11

outro blog: http://amarantagk.blogspot.com/

no dia 15 de fevereiro eu, priscilla e angel iniciamos encontros de estudo em torno do "corpo". Para mim, a pesquisa do "criançada do bixiga" está totalmente junto de todas as outras pesquisas e criações da minha vida. as conexões se fazem o tempo todo. ainda assim optei em abrir um outro blog: http://amarantagk.blogspot.com/ para partilhar escritos e reflexões não diretamente sobre o percurso deste trabalho com as crianças no bela vista.

17.1.11

Flickr

Para ver mais fotos do processo de pesquisa e criação durante 2010: http://www.flickr.com/photos/coreografiasdacidade/